Abertura da Fliporto 2025 em Recife terá homenagem a Carlos Pena Filho e Miro da Muribeca

A edição de 2025 da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) será inaugurada com um espetáculo que celebra duas das vozes mais marcantes da poesia pernambucana: Carlos Pena Filho e Miró da Muribeca. Intitulado “Carlos Pena Filho e Miro da Muribeca cantam o Recife”, o evento propõe uma viagem poética que funde linguagens, gerações e visões críticas sobre a cidade do Recife. Apesar de separados no tempo, ambos os poetas partilham uma estética marcada pela ironia e pelo olhar profundo – e por vezes implacável – sobre a cidade que os inspirou. A encenação pretende explorar essas convergências e divergências, cruzando a musicalidade dos versos de Pena Filho com a oralidade crua de Miró. O poeta Carlos Pena Filho será interpretado através de composições musicais assinadas por Antonio Madureira, apresentadas pelo grupo Estesia. Já os versos de Miró serão recitados pela poeta Bell Puã, que dará voz à irreverência e à força popular que caracterizam a obra do poeta falecido em 2023. Com direção artística que recorre a recursos multimédia, o espetáculo reúne poesia, música eletrónica, canto, dança e projeções visuais. O objetivo é “realçar a potência artística e a atualidade das obras de Pena Filho e Miró, criando uma experiência sensorial intensa e imersiva”. Além do grupo Estesia e de Bell Puã, sobem ao palco Inaê Silva e o escritor Ronaldo Correia de Brito, numa performance que mescla falas originais, depoimentos e trechos biográficos, compondo uma narrativa que homenageia a poesia como forma de denúncia e de amor por uma cidade em constante transformação. A Fliporto 2025 acontecerá no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, no Recife, Brasil, entre os dias 12 e 15 de novembro. O espaço, um dos mais emblemáticos da cidade, projetado por Oscar Niemeyer, foi escolhido para acolher esta edição especial que celebra os 20 anos da Fliporto, segundo confirmou o coordenador e curador geral da Fliporto, António Campos. A produção do evento está a cargo do Instituto de Gestão e Desenvolvimento do Nordeste (IDENE).
Recife: Antônio Campos celebra Portugal durante evento no Gabinete Português de Leitura de Pernambuco

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi celebrado, dia 10 de junho, durante uma cerimónia no Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, no Brasil. Uma iniciativa promovida pela Conselheira das Comunidades Portuguesas por Recife e Salvador, Célia Stamford, que também preside o Conselho Regional da América Central e do Sul. O evento contou com intervenções do presidente do Gabinete Português, Celso Ferreira, e do conselheiro da Embaixada de Portugal, Francisco Duarte, além de palestra com o Comandante Militar do Nordeste. Houve ainda uma apresentação multimédia com obras em vidro do artista e professor Bartolomeu Quintas, da Universidade de Belas Artes de Lisboa e o encerramento musical, de responsabilidade do Maestro Lúcio Azevedo. Um dos participantes no evento foi Antônio Campos, coordenador e curador geral da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), que, este ano, celebra 20 anos, e contará com duas edições: uma em Recife, Brasil, e outra em Portugal, em Matosinhos. “Neste 10 de junho, celebramos Portugal como ideia viva no mundo — uma pátria que se estende para além do seu território, graças à força das suas comunidades. No Brasil, essa presença é particularmente vibrante. Aqui, a cultura portuguesa é mais do que herança: é prática quotidiana, renovada nas palavras, nos sabores, nas artes e nas relações. A comunidade luso-brasileira é, assim, uma embaixada afetiva e ativa da portugalidade”, disse Campos, que sublinha que “as comunidades portuguesas no Brasil são protagonistas desse processo, pois criam pontes, impulsionam negócios, promovem cultura e mantêm viva a língua comum que nos une, sendo uma grande casa da lusofonia”. Antônio Campos afirma ainda que a Fliporto, enquanto iniciativa luso-brasileira, “honra este legado”. “Ao participar nesta celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, reafirmamos o nosso compromisso com a cultura como ferramenta de união. Porque Portugal, no coração do Brasil, continua a ser palavra, memória e futuro”, considerou Antônio Campos.
Escritor Antônio Campos apresenta nova versão de blogue com foco em cultura, política, literatura e direito

O coordenador e curador-geral da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), Antônio Campos, lança nos próximos dias a nova versão do seu blogue de notícias. Atualizado e com novo visual, o espaço apresentará temáticas variadas que dialogam com as suas áreas de formação. Filho do escritor e poeta Maximiano Campos (1941–1998), o autor recifense de 57 anos, abordará temas como cultura, literatura, política e Direito. Uma das áreas de estudo do escritor a ser explorada no blogue, a política, por exemplo, é integrada à sua vida desde a infância. É neto de Miguel Arraes (1916–2005), irmão de Eduardo Campos (1965–2014) e foi candidato à prefeitura de Olinda em 2016 e a deputado estadual em 2018. Com o objetivo de “ser independente e constante na veiculação dos assuntos”, Campos destacou que o “blogue será indexado às redes sociais, que em breve estará hospedado em site nacional de notícias”, visando aumentar o seu alcance. Reconhecido no meio literário como “ativo produtor cultural e curador”, Campos, que é também empresário, advogado e escritor, tem o livro como paixão, universo que se desdobra na sua vida como autor de 17 livros e por ter sido editor, ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco, membro da Associação Brasileira de Imprensa, do Pen Clube do Brasil e da Academia Pernambucana de Letras. O endereço do blog de Antônio Carlos é o http://www.blogantoniocampos.com.br/
10 Junho: Fliporto Brasil, Fliporto Portugal: Uma celebração da lusofonia

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrado a 10 de junho, é uma data que une povos, continentes e histórias. Como coordenador e curador geral da Fliporto — Festa Literária Internacional de Pernambuco — reafirmo neste momento o nosso compromisso com a lusofonia, esse espaço cultural e afetivo que nos liga por meio da língua portuguesa. A Fliporto é, desde a sua origem, um projeto luso-brasileiro. Acreditamos na literatura como ponte entre nações, na palavra como território comum. Em 2025, reforçamos essa vocação com duas edições especiais: em outubro, a Fliporto Portugal, que ocorrerá em Matosinhos, e, em novembro, a Fliporto Brasil, no Parque Dona Lindu, em Recife. Estas edições terão autores dos dois lados do Atlântico, lançamentos editoriais luso-brasileiros — como o do Livro Geral, de Carlos Pena Filho — e atividades que promovem a língua portuguesa como património vivo e plural. Estarão presentes a editora e produtora Avelina Ferraz, do Grupo de Comunicação Novembro, e o escritor Luís Osório. Haverá a entrega do PLGJ – Prémio Literário Guerra Junqueiro 2024 e do Prémio Maria Barroso Jornalismo pela Paz e Desenvolvimento Sustentável, na Fliporto Brasil. Teremos a Fliporto Portugal em outubro e em breve daremos detalhes. Nesta data nacional portuguesa, celebramos também as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, que mantêm viva a cultura, os valores e a identidade lusitana. 10 de junho é uma data para recordar o valor da lusofonia. A Fliporto está ao lado dessas comunidades, contribuindo para um diálogo contínuo entre as diversas expressões da lusofonia. Antônio Campos Coordenador e curador geral Fliporto — Festa Literária Internacional de Pernambuco
Coordenador da Fliporto anuncia dois autores internacionais no evento deste ano no Brasil

A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) prepara-se para a edição de 2025 coma confirmação de dois convidados de peso para a edição que decorrerá em Recife, no Brasil,entre os dias 13 a 16 de novembro. Trata-se do antropólogo e historiador brasileiro Luiz NiltonCorrêa e o escritor e gestor cultural português Adélio Amaro. “A presença de ambos reforça o compromisso em consolidar a Fliporto como um espaço dediálogo cultural de relevância internacional”, disse Antônio Campos, coordenador e curadorgeral da Fliporto, que recorda que o evento celebra este ano 20 anos de realização.Adélio Amaro: a ponte cultural entre Portugal, Europa e BrasilAdélio Amaro, natural de Leiria, é uma figura central na promoção da cultura portuguesa. Preside ao Centro do Património da Estremadura (CEPAE) e à BiblioRuralis, é consultor para aCultura Popular do Município de Leiria, diretor do jornal Gazeta Lusófona (Suíça) ecoordenador editorial da editora Portugal Mag (França). Atualmente, é doutorando em “IlhasAtlânticas: História, Património e Quadro Jurídico-Institucional” pela Universidade dos Açores.Com mais de 70 livros publicados e mais de três mil artigos em jornais e revistas internacionais,Adélio Amaro foi recentemente distinguido como membro correspondente da Academia Luso-Brasileira de Letras. Luiz Nilton Corrêa: um académico entre continentesNatural de Florianópolis, Luiz Nilton Corrêa é doutorado em Antropologia pela Universidade deSalamanca e mestre em História Insular e Atlântica pela Universidade dos Açores. Atualmente,é presidente do Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina, membro emérito do InstitutoHistórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), além de professor convidado daUniversidade de Salamanca e da Universidade dos Açores. É ainda conhecido pelos estudos detemas como a emigração açoriana, bem como autor e organizador de diversas obrasacadémicas, incluindo “Antropología en Iberoamérica” e “Religião, Tolerância y EducaçãoIntercultural en Iberoamérica”. A sua participação na Fliporto 2025 promete enriquecer osdebates sobre identidade cultural e património imaterial. Diversidade e inclusãoA Festa Literária Internacional de Pernambuco prepara-se para um dos momentos maisemblemáticos da sua história: o lançamento da Fliporto Favela, uma iniciativa que marca umaviragem no compromisso do festival com a “inclusão cultural e o protagonismo das vozesperiféricas”.“Idealizamos a Fliporto Favela como um gesto radical de inclusão e reconhecimento dossaberes produzidos nas margens. Não como espaços de ausência, mas como territórios depotência criativa e epistemológica”, afirmou Antônio Campos.Festa une literatura lusófonaAntônio Campos anunciou recentemente que os 20 da Fliporto serão celebrados também emPortugal, com o evento a decorrer entre os dias 7 e 11 de outubro, em Aveiro, a 250 km de Lisboa, durante a “Brasil Tech Days”, iniciativa promovida pela “Porto Digital Europa”, queacontece, exatamente, durante a “Aveiro Tech Week”.“A Fliporto 2025 será um marco na celebração da literatura e da cultura lusófona, reunindovozes de diferentes continentes num diálogo enriquecedor e plural”, finalizou AntônioCampos.Ígor Lopes
Fliporto Favela

A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), que celebra em 2025 duas décadasde existência, prepara-se para um dos momentos mais emblemáticos da sua história: olançamento da Fliporto Favela. Com a chancela do curador e coordenador geral da Fliporto,Antônio Campos, a iniciativa marca uma viragem no compromisso do festival com a “inclusãocultural e o protagonismo das vozes periféricas”.“Idealizamos a Fliporto Favela como um gesto radical de inclusão e reconhecimento dossaberes produzidos nas margens. Não como espaços de ausência, mas como territórios depotência criativa e epistemológica”, afirmou Antônio Campos, sublinhando a importânciasimbólica e política desta nova vertente do evento.A Fliporto Favela nasce em parceria com Altamiza Melo, conhecida por Altamiza da Favela,empreendedora social e CEO da Rede de Favelas de Pernambuco (ReFavela), e propõe ser“muito mais do que uma extensão do festival: pretende ser um território autónomo de escuta,encontro e afirmação cultural”. A proposta é clara — “dar palco e visibilidade a autores,editoras, coletivos, artistas e comunicadores que atuam nas margens do sistema literário ecultural brasileiro, desafiando o cânone tradicional e deslocando o centro simbólico do debatepara as periferias, quilombos e guetos”.“A Fliporto Favela é um movimento de afirmação cultural. Uma celebração da literatura comoferramenta de resistência, uma aliança entre tradição e futuro, entre palavra escrita e vozfalada”, reforçou Campos, destacando o papel do festival como espaço de resistência simbólicae educativa.Por sua vez, Altamiza Melo frisou que “a Fliporto Favela é um marco de representatividade”.“Pela primeira vez, as vozes das periferias estão no centro do debate literário, com autonomiae protagonismo. Não é inclusão, é reconhecimento do que sempre produzimos: cultura, sabere resistência”, disse Altamiza. A necessidade desta iniciativa é evidenciada por números preocupantes: segundo a pesquisa“Favelas do Brasil: Leitura e Consumo Cultural” (Instituto Locomotiva, 2023), as favelasbrasileiras movimentam anualmente R$ 202 bilhões e 67% dos moradores afirmam gostar deler. No entanto, apenas 38% têm acesso facilitado a livros. Além disso, o analfabetismofuncional ainda atinge 29% da população adulta nas periferias, de acordo com o levantamento“Alfabetiza Brasil” (2024).Neste cenário de desequilíbrio estrutural no acesso à leitura e no reconhecimento de autoresperiféricos no maior país da América do Sul, a Fliporto Favela propõe-se a ser uma “respostatransformadora”. O evento apostará numa curadoria que privilegia “narrativas da periferia, enão apenas sobre ela, reconfigurando o centro do debate literário, intelectual e artístico dopaís”.Ao longo dos quatro dias de programa, estão previstos debates sobre comunicaçãocomunitária, medias digitais, saberes tradicionais e resistências literárias, bem como oficinasde leitura, produção cultural autónoma e valorização da oralidade. Um dos pontos altos será aexposição “Baobá”, dedicada à memória viva dos territórios negros, e o “Slam A Voz daFavela”, que dará espaço à expressão poética popular.A música e as artes performativas também terão forte presença, com bailes de favela todas asnoites, celebrando a diversidade sonora do brega, do funk e de outros ritmos nascidos nasperiferias. Artistas consagrados como Emicida, MC Leozinho, Lia de Itamaracá e ArnaldoAntunes estarão entre os destaques.O impacto social do festival será reforçado pelo “Circuito Favela-Livro”, um programa quelevará escritores, ilustradores e editores independentes a bibliotecas comunitárias da RegiãoMetropolitana do Recife e outras periferias brasileiras. A ação visa “democratizar o acesso àliteratura, fortalecer redes culturais locais e inspirar políticas públicas a partir das experiênciasdos territórios periféricos”.Outro elemento inovador da Fliporto Favela será o “Favela Fala”, um estúdio móvel de rádio epodcast que transmitirá ao vivo relatos, poesia, música e debates comunitários.“Queremos amplificar as vozes que muitas vezes são silenciadas e criar um arquivo vivo daoralidade periférica”, destacou Antônio Campos, que aposta numa programação interativa eparticipativa.Para além da celebração em Olinda, a Fliporto prepara-se para expandir as suas fronteiras. Em2025, uma edição especial será também realizada em Portugal, fortalecendo os laços culturaisentre os dois países e reafirmando o compromisso da Fliporto com a internacionalização daliteratura de língua portuguesa.“Com esta nova aposta, a Fliporto reafirma-se não apenas como um palco de encontrosliterários, mas como um espaço vivo de resistência, escuta e transformação social. Um festivalque, ao dar protagonismo às periferias, redesenha o mapa simbólico da cultura brasileira eaponta caminhos para um futuro mais inclusivo e plural. É o que pretendemos”, finalizouAntônio Campos.
Inaugurada biblioteca “luso-brasileira” em Brasília com a presença do coordenador daFliporto

Inaugurada biblioteca “luso-brasileira” em Brasília com a presença do coordenador daFliportoO advogado, escritor e curador cultural Antônio Campos participou, nos últimos dias, na sedenacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em Brasília, capital do Brasil, no lançamento dolivro “Em Defesa dos Ideais do Socialismo Democrático”, de autoria do presidente do partido,Carlos Siqueira. Nesta mesma oportunidade, presenciou a inauguração da Biblioteca Luso-Brasileira Miguel Arraes e Mário Soares. O novo espaço “presta tributo à memória de doislíderes históricos que dedicaram suas vidas à construção de sociedades mais justas emPortugal e no Brasil”.“Trata-se de uma iniciativa que honra não apenas o passado, mas também inspira o presente eo futuro do pensamento democrático em países irmãos. Arraes e Soares são pilaresfundamentais na luta por liberdade, justiça social e soberania popular”, afirmou AntônioCampos.Ao recordar o simbolismo da biblioteca, Campos partilhou uma memória pessoal que omarcou profundamente: “Ainda jovem, conheci Mário Soares numa visita a Pernambuco,quando esteve com meu avô Miguel Arraes, acompanhado do escritor José Saramago. Foi umencontro histórico que reforçou em mim a convicção do poder transformador do diálogo entreculturas e democracias irmãs”.“elo contínuo entre os povos lusófonos”Filho e neto de nomes centrais da história política brasileira, Antônio Campos presidiu por umadécada o Instituto Miguel Arraes, a convite da sua avó, Magdalena Arraes. Posteriormente,liderou a Fundação Joaquim Nabuco, onde, em consenso com a família, levou o acervo pessoale político de Miguel Arraes, tornando-o acessível ao público e à comunidade académica.“Foi um passo decisivo para garantir que o legado de Arraes continue vivo, inspirando novasgerações a lutarem por um Brasil mais justo e plural”, destacou.Hoje à frente da coordenação e curadoria geral da Festa Literária Internacional de Pernambuco(Fliporto), que, em 2025, celebrará 20 anos com edições especiais no Brasil e em Portugal,Campos reafirma o compromisso de fazer da Fliporto um “elo contínuo entre os povoslusófonos”.“Eventos como a criação desta biblioteca revelam o quanto é essencial preservar e celebrar amemória de líderes que pensaram o mundo em português. A Fliporto é, e continuará a ser, umespaço de encontro entre ideias, geografias e esperanças comuns”, concluiu Antônio Campos,que mantém raízes profundas na cultura e na política do Brasil, além de semear pontes comPortugal e o universo da língua portuguesa, seja através da literatura, da memória histórica ouda ação cultural transformadora.
Fliporto comemora 21 anos

A Fliporto é um estado de ser, sentir e perceber. Quem já esteve, ou pretendeu nela estar de alguma maneira, ainda que acompanhando pela web, compreende a dimensão de sentidos que tomou a Festa Literária Internacional de Pernambuco, nascida em 2004, no cenário paradisíaco do litoral pernambucano, em Porto de Galinhas, praia localizada no município de Ipojuca. Agora, ao completar 21 anos, a Fliporto, que cresce e amadurece instalada na histórica cidade de Recife, inicia uma nova jornada rumo à sua pré-adolescência, galgando, de modo crescente, o autoconhecimento e a sede por novas sensações, experiências e sabores, alimentados pela literatura e o seu permanente diálogo com outras artes. Trata-se, portanto, da conclusão de um ciclo onde teve que aprender a falar, escutar e discernir,assim como do início de um novo momento com buscas incessáveis para a sua construção. Fazer Fliporto é, sobretudo, resgatar e reinventar histórias estórias e levá-las ao público no formato de palavras e imagens, narradas descritas por valorosos construtores da literatura mundial. Ao curador–geral do evento, o escritor e advogado Antônio Campos, e ao fundador da Fliporto, o produtor Eduardo Côrtes, foi dada a prazerosa e ao mesmo tempo árdua incumbência de reger um sonho, deles e de tantos, realizado anualmente e em alguns dias, mas planejado durante o ano inteiro.Desde a sua concepção, a Festa contou com estímulos e obstáculos diversos, ambos essenciais para a consolidação do evento. Ainda hoje, a engrenagem da Fliporto é movida por provocações e necessidades de adaptação e reinvenção. Esta é, portanto, a missão do evento. Recriar-se a cada ano, moldando-se às mudanças do cenário cultural quando preciso. O desafio inicial, entretanto, deu-se em aliar o bom gosto e senso literários à sede latente dos amantes da literatura residentes no Estado de Pernambuco alcançando, consequentemente, todo o país. Acreditar e perseverar eram, portanto, as palavras de comando da Festa que, antes de completar uma década, já comemorava o reconhecimento nacional e internacional a mídia e do público que a colocavam entre as maiores festas literárias doBrasil. Entre os incentivadores para a concretização do evento, destaque para várias personalidades que entenderam a essência do evento e acreditaram na pluralidade e compromisso social da Fliporto. O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi um grande estimulador da Festa.Campos, impulsionador da riqueza literária local e sempre acreditando no diálogo entre as artes e diferentes culturas, tornou a Fliporto um marco cultural do nosso país.
Fliporto em Aveiro

O curador geral e coordenador da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), Antônio Campos, anunciou que a próxima edição internacional do evento literário terá lugar em Aveiro, Portugal, durante a Aveiro Tech Week, que acontece em outubro. A festa decorre durante o “Brasil Tech Days”, iniciativa do Porto Digital Europa. Segundo apuramos, a Fliporto Brasil, sob a liderança de Antônio Campos, irá promover a Fliporto Portugal, em parceria com o Grupo de Comunicação Novembro, sob a liderança de Avelina Ferraz, tendo o apoio e acolhimento do Porto Digital Europa. “Esta iniciativa aproxima e internacionaliza as iniciativas da Fliporto Brasil de valorização da língua portuguesa e de aproximação com Portugal”, disse António Campos. Durante o evento, o Livro Geral do Poeta Carlos Pena Filho terá uma edição portuguesa por um dos selos do Grupo Novembro, devendo ser lançado durante a Fliporto Portugal, em Aveiro, e na Fliporto Brasil, em Recife, em novembro deste ano, quando o evento celebra 20 anos. “O nosso compromisso com a cultura e com diálogos culturais se fortalecem com essas iniciativas em curso”, frisarem os responsáveis pelo evento. Valorização da literatura ibérica A Fliporto 2025 irá homenagear os poetas Carlos Pena Filho e Miró da Muribeca, reforçando o seu papel de servir, também, como ponte entre o Brasil e o mundo Ibérico. Uma das homenagens que fará ao poeta Carlos Pena Filho é uma publicação em Portugal, ressaltando a sua infância naquele país, até os 10 anos, para o mesmo ser conhecido em terras lusas. Também fará uma exposição imersiva sobre o Bar Savoy imortalizado pelo poeta, que era a nossa “A Brasileira do Chiado”, em Lisboa, onde fica uma famosa estátua de Fernando Pessoa, num formato para fotos, local de visitação quase obrigatório. Tal material também ajudará na reabertura do conhecido Bar Savoy, em um formato novo de café, após evento, cujo acervo está em posse da Fliporto. “Carlos Pena Filho é o poeta do Recife e também, paradoxalmente, um grande poeta português, onde viveu até os 10 anos, merecendo Portugal conhecer a sua principal obra, O Livro Geral, e também adotá-lo. Estamos preparando uma edição portuguesa com apresentação de Tânia Carneiro Leão, a sua viúva e artista plástica e de escritores brasileiros e portugueses sobre a sua obra e a influência de Portugal, de Fernando Pessoa, entre outras. Assim como Fernando Pessoa foi primeiro popular no Brasil para depois ser popular em Portugal, iremos lançar, em caminho inverso, agora, o nosso Fernando Pessoa brasileiro, que considero ser Carlos Pena Filho, em terras lusas”, disse Antônio Campos. Nos últimos dias, Antônio Campos – foto – manteve uma agenda intensa em São Paulo, Brasil, com vistas à realização da Fliporto. O coordenador geral do evento, além de manter encontros na área jurídica, social, cultural e de negócios, realizou contatos com instituições e artistas. No campo literário, Campos, que também é bibliófilo, visitou a livraria “La Touche de L Art”, que foca em livros de arte e sensoriais, no Shopping Jardins. Fotos: DivulgaçãoEdição: Nelson Rocha
Antônio Campos: uma vida dedicada ao universo da literatura

O empresário, advogado e escritor brasileiro Antônio Campos é autor de 17 livrospublicados, envolvendo as suas áreas de formação, como literatura, direito e cultura. Étambém é curador-geral e coordenador da Festa Literária Internacional dePernambuco (Fliporto), que conta com uma história de 20 anos revelando tendênciasda literatura em solo brasileiro, além de aliar outras vertentes culturais.Em 2025, sob o tema “Literatura, tecnologia, sustentabilidade, interfaces e diálogos”, aFliporto vai ser realizada nos dias 7, 8 e 9 de outubro, em Aveiro, Portugal, durante a“Brasil Tech Days”, iniciativa promovida pela “Porto Digital Europa”, que acontece noâmbito da “Aveiro Tech Week”.Antônio Campos, além da sua capacidade ficcional, é reconhecido no meio literário porser um “ativo produtor cultural e curador”, com reconhecimento da AcademiaBrasileira de Letras (ABL). Filho do jornalista, escritor e poeta Maximiano Campos(1941 – 1998), foi casado com Ana Arraes, ex-deputada federal e filha de MiguelArraes (1916 – 2005).Antônio tem outra paixão: a política, tema que faz parte do seu “núcleo” familiar. Foicandidato à prefeitura de Olinda, em 2016, e a deputado estadual, em 2018. Mas foinos livros que encontrou algumas das suas maiores conquistas na vida. “Sou filho de escritor e nasci entre livros”, disse Antônio, que, aos 57 anos, também sedefine como um “sonhador que não cansa de sonhar e realizar”. Dedicado ao universodos livros, além de ter sido editor, dedicou alguns anos da sua vida à AcademiaPernambucana de Letras, foi também ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco, e émembro da Associação Brasileira de Imprensa, do Pen Clube do Brasil, entre outrasinstituições.Alguns dos livros mais populares de Antônio Campos são “A Arte de Advogar” (2004),citado entre os estudiosos do direito preocupados com a prática e ética profissional etambém mencionado pela clareza na exposição do tema. Com relação à obra “Resistirna Era das Incertezas” (2020), Campos reflete sobre “a importância da resiliência”,além de promover reflexões sobre “os desafios atuais e a força do espírito humano emtempos incertos”. Uma obra que foi apresentado, no ano passado, durante a Fliporto,no dia 17 de novembro, no Mercado Eufrásio Barbosa.Além das obras citadas, seguiram-se outros trabalhos literários, como “Mensagens”(2002), uma coletânea de textos reflexivos sobre cultura e sociedade; “Pense S.A.”(2002), sobre estratégias empresariais e pensamento crítico”; “O Grande Portal”(2003), com temas contemporâneos e desafios sociais; “Direito Eleitoral — Eleições2004” (2004), uma análise jurídica sobre o processo eleitoral brasileiro; “Viver éResistir” (2005), com ensaios sobre perseverança e enfrentamento de adversidades;“Pernambuco, Terra da Poesia” (2005), coletânea com poetas pernambucanos,organizada em parceria com Cláudia Cordeiro; “Território da Palavra” (2006),discussões sobre o poder da linguagem e da literatura; “Panorâmica do Conto emPernambuco” (2007), organizada com Cyl Gallindo, reunindo contos de autorespernambucanos; “Portal de Sonhos” (2008), com poemas oníricos e existenciais;“Canto — A Voz do Poema (Leitura interpretativa de poemas selecionados peloautor)”; “Diálogos Culturais do Mundo Pós-Moderno” (2010), ensaios sobre culturacontemporânea e globalização; “Clarice Lispector — Uma Geografia Fundadora”(2010), análise da obra de Clarice Lispector e a sua influência literária; “A Reinvençãodo Livro” (2011), sobre as transformações no mundo editorial; “DiálogosContemporâneos” (2010), conversas e reflexões sobre temas atuais da sociedade e“Diálogos no Mundo Contemporâneo: Por uma Cultura de Paz” (2011), ensaiospromovendo a cultura de paz e entendimento global.Recentemente, a Editora Carpe Diem apresentou uma seleção especial de e-books deAntônio Campos, que traduzem “a força cultural de Pernambuco com profundidade esensibilidade”.“São três obras, um só autor, múltiplos olhares sobre Pernambuco. DescubraPernambuco pelas palavras de quem entende a alma do lugar”, disseram osresponsáveis pela seleção, que pode ser conhecida em www.digitalizabrasil.com.brUma iniciativa em comemoração ao Dia Mundial da Língua Portuguesa.