“A Superinteligência: Desafios e Riscos da Era da Inteligência Artificial”, por Antônio Campos

A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como uma das forças mais transformadoras do século XXI, despertando entusiasmo e receios em igual medida. O historiador e professor Yuval Noah Harari, referência mundial em análises históricas e sociais, esteve recentemente em São Paulo para participar da prévia do São Paulo Beyond Business (SP2B). Durante o evento, Harari fez um alerta contundente sobre o futuro próximo: “Muito em breve, a IA inventará novas estratégias militares, novos tipos de moedas e até ideologias e religiões inteiras.” Para Harari, a IA representa uma verdadeira “inteligência alienígena”, uma nova forma de cognição, não-humana, capaz de agir de maneira independente, aprender sozinha e desenvolver soluções além da capacidade de previsão humana. Da Inteligência Artificial Geral à Superinteligência Em entrevista exibida pelo programa Fantástico, Harari reforçou que estamos próximos de alcançar a Inteligência Artificial Geral (AGI), um marco em que sistemas de IA terão a habilidade de compreender e atuar em diferentes áreas do conhecimento de forma semelhante ou superior aos seres humanos. O próximo estágio seria a Superinteligência, um patamar em que a IA não apenas iguala, mas ultrapassa radicalmente a inteligência humana, podendo se autogerir e evoluir sem supervisão. Essa possibilidade levanta preocupações existenciais: uma falha de programação ou o uso mal-intencionado dessa tecnologia poderia transformar máquinas e armamentos em inimigos da própria humanidade. Além disso, o uso irresponsável da IA ameaça consolidar um ambiente de desinformação extrema, no qual narrativas manipuladas e realidades virtuais indistinguíveis dificultariam a própria noção de verdade. Seria uma versão real da série de filmes do Exterminador do Futuro. Um Dilema Semelhante ao da Bomba Atômica A corrida pela supremacia em IA, protagonizada principalmente por Estados Unidos e China, lembra o dilema moral enfrentado pelo físico J. Robert Oppenheimer ao desenvolver a bomba atômica. Na época, a justificativa era criar a arma antes dos nazistas; hoje, a lógica geopolítica segue semelhante: quem dominar primeiro essa tecnologia terá poder inédito sobre o mundo. Essa competição acelerada gera uma corrida sem limites, com potencial para desequilíbrios sociais, políticos e econômicos globais. Se por um lado a IA promete avanços sem precedentes, por outro exige reflexão ética, regulamentação e governança tecnológica para evitar que se torne uma ameaça existencial. O Futuro em Disputa e proposta de uma governança global em IA Para Harari, a invenção da Inteligência Artificial é, sem dúvidas, o evento mais relevante do início deste século. Sua influência será sentida em todos os aspectos da vida humana: trabalho, economia, cultura, ciência, política e relações sociais. Contudo, assim como um remédio pode se transformar em veneno, o impacto da IA dependerá da forma como será desenvolvida e controlada. A questão central não é mais se a IA moldará o futuro da humanidade, mas como e por quem essa transformação será conduzida. A urgência em estabelecer normas, limites e estratégias globais para lidar com essa tecnologia é inegável. Afinal, o que está em jogo é a própria proteção do ser humano em uma era que começa a ser dominada por máquinas e programas inteligentes. A nossa proposta é a criação de uma governança global para a Inteligência Artificial, através de órgãos internacionais e de regulamentação que precisa urgente ser criada. É um tema que não pode se fugir, tem que se enfrentar, antes que seja tarde. Antônio Campos Advogado, escritor, Membro da Academia Pernambucana de Letras, ex-Presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Membro da ABI – Associação Brasileira de Imprensa e presidente do Instituto Fliporto
Antônio Campos visita Instituto Confúcio da UPE e reforça laços culturais com a China

Dirigente do Instituto Fliporto entregou livros à biblioteca e anunciou mesa “China Tropical” na edição 2025 da festa literária O presidente do Instituto Fliporto, Antônio Campos, esteve esta semana no Instituto Confúcio da Universidade de Pernambuco (UPE), em Recife. A unidade, inaugurada durante o Governo Eduardo Campos, foi a primeira do género instalada no Nordeste e desempenha um papel relevante na difusão da língua e cultura chinesas. Na visita, Antônio Campos recordou a interlocução feita com o advogado Durval de Noronha Goyos Júnior para a instalação do Instituto Confúcio em Pernambuco, resultado de articulação com o Governo chinês e com uma universidade parceira do país asiático. Durante o encontro, foram oferecidos dois livros à biblioteca da instituição: a autobiografia O mundo segundo Noronha, de Durval de Noronha, advogado com escritórios na China e reconhecido pela diplomacia do país, e Diálogos no mundo contemporâneo – por uma cultura de paz, obra do próprio Antônio Campos, lançada na ONU e na Academia Pernambucana de Letras. Campos destacou ainda as relações históricas entre o seu avô, Miguel Arraes, e a China, e manifestou a intenção de estreitar a cooperação entre o Instituto Fliporto e o Instituto Confúcio. Nesse sentido, anunciou que a Fliporto 2025, a realizar-se entre 13 e 16 de novembro no Parque Dona Lindu, terá uma mesa dedicada ao tema China Tropical. O debate, inspirado em textos do sociólogo Gilberto Freyre, contará com apoio institucional do Instituto Confúcio, a exemplo do que já acontece com o Instituto Cervantes e o Instituto Camões.
Fliporto Arte

FLIPORTO ARTE – Feira de Arte de Pernambuco 13 a 16 de novembro de 2025 | Galeria Janete Costa – Parque Dona Lindu, Recife (PE) Entre os dias 13 e 16 de novembro de 2025, o Recife será palco da FLIPORTO ARTE – Feira de Arte de Pernambuco, nova feira de arte contemporânea que ocupará a Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, espaço cultural projetado por Oscar Niemeyer. Com uma proposta inovadora e integradora, a FLIPORTO ARTE nasce como um diálogo da tradicional Festa Literária Internacional de Pernambuco – FLIPORTO, e tem como missão ampliar os horizontes da produção artística brasileira, conectando público, artistas, galerias e colecionadores num espaço democrático e pulsante. A feira reunirá expositores de diversas regiões do Brasil em uma programação que inclui exposições, instalações, conversas, lançamentos, performances e experiências visuais. A FLIPORTO ARTE se apresenta como uma nova plataforma de visibilidade para a arte contemporânea brasileira, promovendo o diálogo entre a produção local e o circuito nacional. Um dos destaques da edição será a exposição especial “Portinari, o Ilustrador”, realizada pelo Projeto Portinari e presidida por João Candido Portinari, filho do artista. A mostra revelará ao público uma faceta mais íntima e pouco conhecida da obra de Candido Portinari, por meio de seus desenhos e ilustrações. João Candido também participará da feira com uma palestra sobre a vida e o legado de seu pai. A experiência da FLIPORTO ARTE será ampliada pela presença de dois espaços gastronômicos emblemáticos: o restaurante oficial será o Oficina do Sabor, comandado pelo chef Cesar Santos, e o café da feira será uma releitura contemporânea do histórico Café Savoy, ícone da vida cultural do Recife no século XX. A direção geral e curadoria da feira está a cargo de Denise Rodrigues Missaka, produtora cultural com mais de 20 anos de atuação. Denise foi co-produtora da primeira edição da SP-Arte, produziu as exposições Brennand: uma introdução (2008) e A Alma Gráfica: Brennand Desenhos (2009), participou da produção da emblemática Brasil + 500: Mostra do Redescobrimento (2000) – um dos maiores eventos culturais já realizados no Brasil – e assinou outras importantes exposições no país. As informações sobre o processo de aplicação para galerias e ateliês individuais serão divulgadas ao longo do mês de agosto. Mais informações e contato para imprensa: fliportoarte@gmail.com@fliportoarte Denise Rodrigues Missaka – (11) 9 7644-8931 Antônio CamposCoordenação Geral Fliporto.
Homenagem a Miró

A Fliporto 2025 se incorpora à iniciativa da família e dos amigos do poeta Miró da Muribeca, que, a partir das 16h01 desta quarta-feira, 06 de agosto de 2025 — em referência ao poema “quatro horas e um minuto” — irão dispersar suas cinzas. A ele, nossas homenagens, nossa profunda admiração e o mais elevado respeito — poético e humano. Viva Miró, o poeta de todos nós. Fliporto 2025Antônio Campos
Fliporto anuncia criação de Instituto para “preservar o legado” da feira literária

A Fliporto — Festa Literária Internacional de Pernambuco — celebra duas décadas com o lançamento do Instituto Fliporto, criado para “assegurar o legado da feira literária e ampliar o seu impacto cultural”. A iniciativa visa “incentivar a leitura — inclusive na era digital —, capacitar leitores, valorizar o livro e potenciar o diálogo entre literatura e outras artes”. O Instituto terá atuação contínua, com um calendário dinâmico de atividades, formação, comunicação de ideias e projetos literários, e terá presença ‘online’ por meio do domínio institutofliporto.com.br e no perfil @institutofliporto no Instagram. Antônio Campos, advogado, escritor e CEO do Instituto, destaca que o novo organismo chega num momento de expansão internacional da Fliporto. “O Instituto Fliporto nasce para fortalecer e dar continuidade aos eventos da Fliporto, bem como promover a literatura e a cultura”, afirmou Campos. Edições no Brasil e em Portugal A Fliporto Portugal, primeira edição do evento no exterior, terá lugar em Leça do Balio, junto à Livraria Lello — instituição parceira por meio da Fundação Livraria Lello — com realização nos dias 24 a 26 de outubro de 2025. Já no Brasil, o evento decorre de 13 a 16 de novembro no Parque Dona Lindu, em Recife, com homenagens aos poetas Miró da Muribeca e Carlos Pena Filho, e terá como tema central a intersecção entre literatura, tecnologia e sustentabilidade. “A Fliporto sempre foi um espaço de encontro entre culturas, ideias e linguagens. Desde a sua origem, prestigiou a lusofonia e incentivou o diálogo com o mundo ibérico”, sublinhou Antônio Campos, realçando que o projeto internacional “reforça o compromisso com a lusofonia”. Antônio Campos enfatiza ainda que o Instituto “garante continuidade à programação literária e artística, abrindo caminho para novas edições e projetos que ultrapassam os limites da feira física”. “Queremos que a Fliporto seja não apenas um festival, mas um movimento permanente pela literatura, pela liberdade de expressão e pela diversidade cultural”, declarou Campos. A iniciativa representa um novo capítulo na trajetória da Fliporto, consolidando a sua presença na cena literária lusófona e inaugurando uma era de institucionalização e presença permanente, paralela à realização das feiras.
Homenagem aos Escritores – 25 de Julho, Dia Nacional do Escritor

Dia 25 de julho, celebramos o Dia Nacional do Escritor no Brasil, uma data que nos convida a reconhecer e valorizar aqueles que dedicam as suas palavras à construção de sentidos, ideias e mundos possíveis. O escritor não é apenas um contador de histórias. É, sobretudo, um intérprete atento da realidade, um provocador de consciências, um guardião da memória e um semeador de futuros. Em cada página escrita pulsa um tempo, um olhar, uma inquietação. Os escritores nos ensinam a ler o mundo com mais profundidade, a questionar certezas e a buscar novas compreensões. São eles que, com a sua sensibilidade e coragem, ajudam a expandir os horizontes da nossa imaginação e a desenvolver em nós uma leitura crítica da vida, da sociedade e da história. Ao longo dos séculos, foram os escritores que enfrentaram a censura, desafiaram regimes, denunciaram injustiças e iluminaram caminhos através da palavra. Os seus textos tornaram-se pontes entre culturas, gerações e ideias. Leitores que se formam com boa literatura tornam-se cidadãos mais conscientes, atentos aos detalhes, capazes de perceber nuances, complexidades e contradições. Hoje, mais do que nunca, precisamos de escritores. Precisamos das suas vozes firmes e poéticas, da sua lucidez e ousadia. Em tempos de ruídos e superficialidades, a escrita literária permanece como um ato de resistência, um exercício de profundidade e verdade. A todos os escritores — consagrados ou iniciantes, clássicos ou contemporâneos — a nossa homenagem, o nosso respeito e a nossa gratidão. Que sigam escrevendo, provocando, encantando e, acima de tudo, nos ajudando a enxergar o mundo com olhos mais críticos e humanos. Recife/Olinda, 22 de julho de 2025. Antônio CamposAdvogado, escritor e coordenador e curador geral da Fliporto
Pernambuco avança para o mercado global com plataformas de exportação e atração de investimentos

Pernambuco prepara-se para iniciar uma nova etapa no seu posicionamento internacional com o lançamento das plataformas “MarketplacePE” e “InvestePE”, iniciativas do Group A 25 que visam “impulsionar a exportação de produtos e serviços do estado e atrair novos investimentos”. As plataformas, que estarão disponíveis em breve, foram concebidas como “ferramentas digitais integradas e estratégicas para apoiar a internacionalização das empresas pernambucanas e fomentar o desenvolvimento económico regional”. “O “MarketplacePE” pretende conectar o que Pernambuco tem de mais competitivo ao mercado global, promovendo bens e serviços com alto potencial de exportação. Além da vitrine digital, a plataforma oferece inteligência comercial e suporte técnico a empresários interessados em expandir as suas operações para além das fronteiras brasileiras”, frisou Antônio Campos, CEO do grupo. Complementando esta iniciativa, o “InvestePE” surge como “núcleo de apoio à captação de investimentos, disponibilizando informações sobre incentivos fiscais, linhas de crédito e políticas públicas destinadas a facilitar a instalação e operação de negócios no Estado”. Juntas, as marcas, ambas registadas e com domínios protegidos na ‘internet’, “compõem um ecossistema digital de desenvolvimento económico e diplomacia comercial”. “A China foi o primeiro mercado-alvo da estratégia de internacionalização, dada a sua relação histórica com o Brasil em termos de comércio e cooperação. A expansão deverá abranger também países como a Índia, onde cresce a procura por alimentos, tecnologia e energias renováveis, e mercados africanos, como Nigéria e Argélia, com os quais Pernambuco identifica afinidades culturais e económicas, sobretudo a partir do Nordeste brasileiro”, disse Campos, que acredita que, “ao anunciar este novo ciclo de atuação estratégica, reafirma o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o empreendedorismo como pilares para a inserção internacional de Pernambuco”. “Estas plataformas são mais do que uma vitrine, pois representam um movimento coordenado para fortalecer o protagonismo do estado no cenário global”, finalizou Antônio Campos.
“Group A 25” anuncia rede independente de comunicação digital com foco em inovação, mas com curadoria humana

Holding liderada por Antônio Campos aposta em IA e modelo de jornalismo dinâmico com canais locais e alcance nacional O Group A 25 Comunicação, com sede no Brasil e sob a liderança do CEO Antônio Campos, anunciou a criação de uma nova rede independente de comunicação digital, que alia “tecnologia de ponta com responsabilidade editorial”. A estrutura será lançada oficialmente em agosto de 2025, mas já estará operacional até o final de julho, com canais voltados à informação local e repercussão nacional. A nova rede de mídia será composta, inicialmente, por seis plataformas: o tradicional “Jornal Correio de Pernambuco”, o “Canal YouTube Correio de Pernambuco”, a “Web Rádio Correio de Pernambuco”, o “Blog Antônio Campos”, o “Blog Marim dos Caetés” e a “Web Rádio Marim dos Caetés”. A operação conjuga jornalismo, opinião, rádio e vídeo num ecossistema digital integrado. Inspirado em modelos adotados na China, o projeto incorpora o conceito de “quick journal”, com múltiplas edições diárias, dinamicamente indexadas às principais redes sociais — como Instagram, Facebook, TikTok e X — e atualizadas em tempo real. Para isso, utilizará sistemas de Inteligência Artificial aplicados à produção e distribuição de conteúdos, sempre supervisionados por uma equipa de curadoria humana. Segundo Antônio Campos, trata-se de “uma alternativa de mídia que responde aos desafios da era da hipercomunicação com inovação, mas sem abrir mão da independência editorial e da responsabilidade com a informação pública”. O executivo reforça que o objetivo é oferecer conteúdo relevante, com rigor e pluralidade, num cenário cada vez mais marcado pela velocidade da informação e pela fragmentação das audiências. O Group A 25 posiciona-se, assim, como uma holding de comunicação com forte enraizamento local — a partir de Pernambuco —, mas com uma linha editorial de projeção nacional, pronta para dialogar com os novos hábitos de consumo de informação, com agilidade, tecnologia e critério.
Fliporto 2025 celebra 20 anos com programação plural e 17 eixos culturais

Maior festa literária do Nordeste aposta em juventude, inovação e inclusão com evento no Parque Dona Lindu, em Recife A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) chega à sua 20.ª edição entre os dias 13 e 16 de novembro de 2025, com uma programação expandida e diversa que reforça o seu estatuto como o “maior evento literário do Nordeste” e “um dos mais influentes do país”. Realizada este ano no Parque Dona Lindu, em Recife, a Fliporto apresenta 17 eixos temáticos que integram literatura, arte, juventude, tecnologia, periferia e cultura pop. Segundo o coordenador e curador-geral do evento, Antônio Campos, a Fliporto 2025 simboliza “um ecossistema cultural completo, que homenageia o passado, celebra o presente e aposta no futuro da literatura e da cultura brasileira”. No centro da programação está o tradicional Congresso Literário, com mesas e palestras de autores e pensadores de relevância nacional e internacional. Ao seu redor, uma série de núcleos paralelos amplia o alcance da festa: a Fliporto Favela, com ações no Morro da Conceição e no próprio parque; a Fliporto Aventura, voltada aos jovens da Geração Z e influenciadores literários do BookTok; a FliportoGeek, dedicada à cultura pop e tecnológica; e a ArtFliporto, com exposição no Espaço Janete Costa e revista digital própria. Outro destaque é a Arena Jovem Fliporto, pensada para dar voz ao público juvenil em performances e debates, e o Espaço UBE/Fliporto, este ano com programação centrada nas questões femininas, em parceria com a União Brasileira de Escritores. O evento também contará com prémios literários, experiências imersivas, sessões de autógrafos e atividades gastronómicas inspiradas na obra do poeta Carlos Pena Filho, homenageado de várias frentes nesta edição. Para além dos encontros presenciais, a Fliporto em Movimento manterá uma cobertura digital contínua da cena cultural brasileira, e a plataforma Fliporto Conecta, desenvolvida em conjunto com o Sebrae, criará oportunidades de articulação entre agentes criativos de diferentes áreas. Combinando tradição e contemporaneidade, a Fliporto 2025 “reafirma o seu papel como espaço de escuta e de encontro, onde a literatura se cruza com a inovação, a diversidade e a cidadania cultural”. “A Fliporto é plural por vocação. E, neste ano em que completa duas décadas, reafirma o seu compromisso com um Brasil que lê, pensa e se reinventa”, concluiu Antônio Campos.
Booktokers, Geração Z e a Revolução no Mercado Editorial em pauta na Fliporto 2025

Se o futuro do livro já esteve em dúvida, a Geração Z e seus booktokers vieram dar uma resposta clara: ele será jovem, digital e profundamente conectado com as emoções dos leitores. O BookTok terá vez e voz na Fliporto 2025, que criou um espaço dedicado a essa importante tendência de leitura: a Fliporto Aventura, além da editora digital Edições Aventura. Nos últimos anos, uma revolução silenciosa — porém poderosa — vem transformando o mercado editorial brasileiro. No centro desse movimento está o BookTok, uma comunidade de criadores de conteúdo no TikTok que fala sobre livros de forma envolvente, emocional e direta. São os chamados booktokers, que conquistaram milhões de seguidores e têm influenciado decisivamente os rumos da literatura jovem. Alimentado pela Geração Z — jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e 2010 — o fenômeno transcende as redes sociais e reconfigura hábitos de leitura, estratégias editoriais e até as listas de mais vendidos. Essa geração cresceu em meio à hiperconectividade, à linguagem dos memes e à instantaneidade digital. Muitos acreditaram que seriam avessos aos livros. No entanto, contrariando os prognósticos mais pessimistas, esses jovens se tornaram protagonistas de uma nova cultura leitora — sob os seus próprios termos: lendo o que querem, como querem e quando querem. E o BookTok é o palco onde essa autonomia floresce. Vídeos curtos, entre 15 e 60 segundos, com reações emocionadas, indicações apaixonadas e estética cuidadosamente pensada, têm o poder de esgotar tiragens inteiras. Romances com finais impactantes, tramas com reviravoltas psicológicas e narrativas inclusivas são os favoritos. O resultado é que obras como “É Assim que Acaba” (Colleen Hoover) e “A Hipótese do Amor” (Ali Hazelwood) se tornaram best-sellers no Brasil, impulsionadas diretamente por essa vitrine digital. Editoras e livrarias, atentas ao alcance desses influenciadores, passaram a rreformular as suasestratégias. Autores antes invisibilizados ganham reedições com capas voltadas ao gosto da Geração Z. Novos selos editoriais foram criados para atender a esse público, e parcerias com booktokers tornaram-se parte do planejamento de marketing. Hoje, a influência digital é, muitas vezes, mais decisiva que uma resenha em jornal tradicional. Outro ponto notável é a democratização do acesso à literatura. O BookTok abre espaço para autores independentes e para narrativas diversas. Ao escolherem o que consomem e divulgam, os jovens leitores desafiam as curadorias tradicionais e constroem uma cena literária mais plural, emocional e engajada.Essa revolução, no entanto, traz desafios. A efemeridade dos algoritmos e a pressão por viralização podem limitar a diversidade de gêneros lidos e gerar ciclos rápidos de consumo e esquecimento. Ainda assim, o saldo é positivo: mais leitores, mais livros vendidos e uma cadeia editorial que precisa, cada vez mais, ouvir e dialogar com esse novo público. O BookTok não é modismo. É o reflexo de uma geração que encontrou nos livros um espaço de acolhimento, identidade e resistência — e que, ao fazer isso com likes, hashtags e vídeos curtos, reinventou o mercado editorial brasileiro. Se o futuro do livro já esteve em dúvida, a Geração Z e seus booktokers vieram dar uma resposta clara: ele será jovem, digital e profundamente conectado com as emoções dos leitores. A Fliporto 2025, atenta a esse movimento, criou a Fliporto Aventura e a editora digital Edições Aventura como espaços de escuta e celebração dessa nova onda leitora. A tendência merece ser não apenas observada, mas acolhida com entusiasmo — com voz, vez e protagonismo. Antônio CamposCurador-Geral da Fliporto – Festa Literária Internacional de Pernambuco