Dia 25 de julho, celebramos o Dia Nacional do Escritor no Brasil, uma data que nos convida a reconhecer e valorizar aqueles que dedicam as suas palavras à construção de sentidos, ideias e mundos possíveis. O escritor não é apenas um contador de histórias. É, sobretudo, um intérprete atento da realidade, um provocador de consciências, um guardião da memória e um semeador de futuros.
Em cada página escrita pulsa um tempo, um olhar, uma inquietação. Os escritores nos ensinam a ler o mundo com mais profundidade, a questionar certezas e a buscar novas compreensões. São eles que, com a sua sensibilidade e coragem, ajudam a expandir os horizontes da nossa imaginação e a desenvolver em nós uma leitura crítica da vida, da sociedade e da história.
Ao longo dos séculos, foram os escritores que enfrentaram a censura, desafiaram regimes, denunciaram injustiças e iluminaram caminhos através da palavra. Os seus textos tornaram-se pontes entre culturas, gerações e ideias. Leitores que se formam com boa literatura tornam-se cidadãos mais conscientes, atentos aos detalhes, capazes de perceber nuances, complexidades e contradições.
Hoje, mais do que nunca, precisamos de escritores. Precisamos das suas vozes firmes e poéticas, da sua lucidez e ousadia. Em tempos de ruídos e superficialidades, a escrita literária permanece como um ato de resistência, um exercício de profundidade e verdade.
A todos os escritores — consagrados ou iniciantes, clássicos ou contemporâneos — a nossa homenagem, o nosso respeito e a nossa gratidão. Que sigam escrevendo, provocando, encantando e, acima de tudo, nos ajudando a enxergar o mundo com olhos mais críticos e humanos.
Recife/Olinda, 22 de julho de 2025.
Antônio Campos
Advogado, escritor e coordenador e curador geral da Fliporto